O termo buraco de verme (wormhole em inglês) foi criado pelo físico teórico estadunidense John Wheeler em 1957. Em física, um buraco de verme ou buraco de minhoca é uma característica topológica hipotética do continuum espaço-tempo, a qual é, em essência, um "atalho" através do espaço e do tempo.

Se o buraco de verme é transponível, a matéria pode "viajar" de uma boca para outra passando através da garganta. Embora não exista evidência direta da existência de buracos de verme, um contínuum espaço-temporal contendo tais entidades costuma ser considerado válido pela relatividade geral.

O nome "buraco de verme" vem de uma analogia usada para explicar o fenômeno. Da mesma forma que um verme que perambula pela casca de uma maçã poderia pegar um atalho para o lado oposto da casca da fruta abrindo caminho através do miolo, em vez de mover-se por toda a superfície até lá, um viajante que passasse por um buraco de verme pegaria um atalho para o lado oposto do universo através de um túnel topologicamente incomum. (Fonte: Wikipédia)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

MOSQUITO DA DENGUE IMPETRA MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA A PREFEITURA DE NITERÓI

    O título é estranho, eu sei, mas o desejo é que seja hilário. Porque parece que é assim que a dengue é tratada em Niterói: como uma piada. O surto está em todo o Estado do Rio de Janeiro. As autoridades federais e estaduais estão se preocupando com a situação que está de emergência e pode virar de calamidade pública, mas parece que a Prefeitura de Niterói não está nem aí.
     Estou me recuperando de minha terceira dengue. Isto mesmo, TERCEIRA - comprovada por hemograma, IGG e IGM, isto só depois que vim morar aqui, pois já tinha tido uma primeira dengue no Natal de 1990. Mas não peguei dengue porque sou relapsa. Peguei dengue, porque a Prefeitura de Niterói é relapsa, assim como a direção e administração do Hospital Carlos Tortelli (antigo CPN), no Bairro de Fátima, em Niterói.
      Moro aqui há 12 anos e a situação sempre se repete: cada vez que tem um surto de dengue, com uma nova cepa do vírus, eu e vários moradores temos dengue. Minha mãe biológica morou aqui por 8 anos antes de mim, e teve dengue por duas vezes, antes de falecer em 2001. Por quê? Porque nos fundos do hospital, eles acumulam lixos, tralhas, que servem de foco para o mosquito. Começa por ambulâncias quebradas e caminhonetes, passa por camas de hospital, armários sem gavetas, armários com escaninho e tudo mais de metal que não presta e termina por pneus. Tudo a céu aberto, enquanto os galpões cobertos ficam vazios. E, para isso, eu tentei buscar uma explicação. Por que deixar a céu aberto, quando se pode livrar disso ou colocar sob os galpões cobertos? E só encontrei uma única explicação lógica: O Sr. Aedes aegyptie, com certeza, impetrou um mandado de segurança contra a Prefeitura de Niterói, exigindo o retorno de seu foco. Só pode ser isso, pois afinal, ele é o ÚNICO interessado em ter um foco, para proliferar!
      Não podemos ser intransigentes, ora essa! O mosquito também precisa sobreviver! E se ele não tiver um foco, como irá se reproduzir? De que se alimentará? Ele também é um ser de Deus! Agora, as pessoas que vivem no entorno... bem, isto não é problema do mosquito... Aliás, é sim, pois ele precisa delas para se alimentar e reproduzir. Isto parece que não é problema é da Prefeitura de Niterói. É problema de nós, moradores, que passamos por uma, duas, três, quatro dengues; que adquirimos dengue hemorrágica e que depois somos internados no próprio hospital que nos contaminou; que pagamos impostos, votamos nas eleições e tudo continua na mesma.
        Ao lado do meu prédio tem uma escola municipal, do ensino fundamental, com turmas do 1º ao 9º ano de escolaridade, que funciona em dois turnos. O que estão esperando? Que uma destas crianças morra por dengue hemorrágica e se torne manchete de jornal ou precisamos trazer um (a) turista estrangeiro(a) aqui, para que adquira a dengue por causa do hospital e se torne manchete de nível internacional?
       Em 2002, denunciei a mesma situação através da Rede Record e do SBT. A manchete no jornal da noite na Record era: "Hospital que deveria tratar da dengue está contaminando pessoas". Na época, o âncora do jornal era o Bóris Casoy e terminou a reportagem dizendo o bordão dele: "Isto é uma vergonha!" Foi a primeira vez que limparam e construíram galpões para abrigar o ferro-velho. E depois? Depois voltou a ser "tudo dantes como no tempo de abrantes"!
        O mais interessante, é que o hospital passou por uma limpeza desesperadora em seu pátio, quando o então candidato Rodrigo Neves, mostrou em sua campanha esta situação e prometeu (na TV, diga-se de passagem) que, se eleito, resolveria esta situação. Pois bem, agora o Prefeito é o Exmº Sr. Rodrigo Neves. Estamos aguardando soluções. Porque tudo parece ser resolvido temporariamente, mas nunca possui uma solução definitiva.
          No dia 21/03 pp., coloquei um vídeo no Youtube, às 13h e às 15h40min, ouvi um estrondo. Era uma máquina retirando as tralhas, juntamente com funcionários desesperados (os mesmos que antes dormiam sobre as camas no pátio, no intervalo do almoço), correndo de um lado para o outro e recolhendo tudo o que podia (também fotografei e filmei isto!). Caminhões vários da Prefeitura recolhendo o que a grua com garra conseguia pegar. Durou até o dia escurecer. Pensei que terminariam no dia seguinte - ledo engano! NUNCA mais voltaram, até a data presente. As tralhas que sobraram, foram colocadas sob os galpões, para não pegarem chuva. Pois qual não foi a minha surpresa, no dia 24/03 pp., quando ao acordar de manhã e abrir as janelas, me deparar com TUDO para fora dos galpões... Entendi tudo: só podia ser o mosquito que dera ordem para colocar tudo de volta no lugar! E foi prontamente atendido! E os entulhos só aumentam a cada dia...



               (Detalhe para o funcionário que dorme sobre a cama a céu descoberto, à esquerda da foto e o pneu, pronto para ser foco, no canto à direita da foto.)

        Bom, coloquei outro vídeo no Youtube, de novo, no dia 02/04 pp., que mostra que tudo voltou ao seu bom lugar. O bom filho sempre à casa torna e o mosquito está lá novamente! Provas? Basta abrir as janelas que dão para o hospital, que o mosquito dança diante de meu rosto e entra desavergonhadamente... Mas porque ele teria vergonha? A Prefeitura de Niterói não tem... Agora, estão entrando também filhotes (estes eu consigo matar - são mais bobinhos coitados!). Acho que a Prefeitura pensa que sou eu que tenho de me proteger deles e não a Saúde Pública que tem de fazer seu trabalho... No Vídeo do dia citado neste parágrafo, ao filmar, cantei uma musiquinha que fiz: não é um hit para fazer sucesso. É apenas a forma de colocar minha raiva para fora, através da ironia, parodiando o refrão de "Camaro Amarelo".











          Não aceito que ninguém me aconselhe à procurar a imprensa! Já enviei foto e vídeos para o RJ TV da Globo, O Balanço Geral, da Record, O Cidade Alerta, da Record, mas parece que enquanto não houver uma contaminação em massa dos alunos do colégio (aliás, não tenho dados de quantos foram infectados, mas devem ter sido, pois o mosquito que vem aqui, vai ali!) ou alguém do bairro morrer por dengue hemorrágica, providências não serão tomadas!
             E, mais uma vez, o contribuinte paga pela incompetência da administração pública!